Você é um dos mais chatos do trânsito?
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Você é um dos mais chatos do trânsito?
Você é um dos mais chatos do trânsito?
O Código de Trânsito Brasileiro estará do seu lado contra os piores condutores do mundo
Trânsito não é legal. Especialmente quem mora em uma cidade, sabe disso. Andar de carro pode ser bom, mas conviver com outros motoristas, muitas vezes, não é. Entre os vizinhos de faixa, alguns são legais. Outros ameaçam a ordem pública, a sanidade da população, e o futuro da espécie. Nessas horas, até o Código de Trânsito Brasileiro CTB) será compreensivo com o cidadão estressado que só quer voltar para casa. Assim, conheça os mais chatos do trânsito – de acordo com a lei.
1. Passeando na faixa da esquerda
Para os que já se esqueceram das aulas da autoescola – ou os que nunca as fizeram, mas estão dirigindo por aí sem a menor noção – existe uma lógica na organização das faixas de trânsito. No Capítulo III, artigo 29, o CTB determina que, nas pistas com várias faixas de circulação, as mais à direita são para veículos mais lentos e de porte maior; e as faixas da esquerda são para os veículos mais rápidos.
É por isso que os caminhões têm que andar, sempre que possível, na faixa mais à direita. E é também por isso que os motoristas que não gostam de andar rápido também têm que se recolher à direita, deixando as faixas da esquerda livres para os carros mais rápidos. Entretanto, nem sempre isso acontece.
Todo dia encontramos um lerdo na faixa da esquerda que parece ignorar a lei e não se importa de estar segurando uma fila inteira de carros atrás dele. Isso pode ser tão profundamente irritante que está previsto lá no CTB que as lesmas não podem fazer isso, e são obrigadas a dar passagem pela esquerda (artigo 198). Mas também está escrito que é proibido ultrapassar pela direita (artigo 199), o que coloca a todos na mão dos morosos e só faz aumentar a raiva de quem foi sequestrado pela paciência alheia.
Mesmo assim, não vamos exagerar. Velocidade tem limite, não só de lei, mas de segurança! Só não precisa andar na metade dela – o que, aliás, também é proibido: “A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via”, diz o artigo 62 do CTB.
2. O pedestre perambulante
Ultimamente tem-se colocado em prática, no Brasil, um hábito muito chique oriundo de países (mais) desenvolvidos: o de parar o carro para os pedestres passarem. A ideia é cívica e deve ser mantida, mas com algumas observações. Para começar, vamos lembrar que todo motorista, em algum momento, é também um pedestre – e não um monstro sem alma que tem mais é que se dar mal.
Em segundo lugar, o Código de Trânsito determina, no Capítulo IV, artigo 69, que os cidadãos devem fazer uso das faixas de pedestre para atravessar vias de trânsito e, ao fazê-lo, devem antes observar se não vão obstruir o fluxo de veículos. O CTB ainda determina que a pessoa não se demore depois que tiver começado a travessia.
Por isso, não é legal quando um pedestre se enfia na via de trânsito, fora da faixa e desconsiderando carros que se aproximam. É muito comum ver pessoas fazendo isso, e elas parecem gostar de tomar um bom tempo para desfilar cruzando a rua, iluminadas pelos faróis dos automóveis como se fosse a São Paulo Fashion Week. Esta “moda de rua”, entretanto, é proibida por lei, e é também responsável por colocar esses pedestres folgados nesta lista.
Claro, sem esquecer que, quando dentro de seus direitos, as pessoas andando a pé têm preferência, além de estarem mais suscetíveis a se machucarem, merecendo a devida atenção dos motoristas: “Os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres”, declara o CTB no segundo parágrafo do artigo 29.
3. Quem não dá seta vai para o inferno
Os condutores que não dão seta dispensam introdução. Todo mundo que tem carteira de motorista lembra de quem eles são, e provavelmente nunca vão esquecer. As memórias de ser fechado de surpresa logo antes do sinal fechar assombram a muitos por toda a vida. Dormimos, à noite, com o coração pesado e a alma abatida por sermos vítimas deste tipo inescrupuloso que provavelmente sofre de distúrbios de personalidade similares à sociopatia.
Ou pelo menos é o que parece. Provavelmente, a realidade é que estes motoristas indelicados simplesmente não receberam a educação no trânsito que merecem, que deveria ser seu direito. Sua formação foi incompleta, inexistente. É importante exercer a compaixão quanto a essas pessoas desprovidas, prevenindo assim, também, ataques cardíacos e brigas de braço no meio da rua.
Portanto, aqui vai, para vocês, motoristas chatos que não dão seta, e de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro: a “luz indicadora de direção” é obrigatória na hora de fazer ultrapassagens e na hora de voltar à faixa de origem após a ultrapassagem (artigo 26), antes de qualquer deslocamento lateral (artigo 35), ou quando for parar o veículo, iniciar seu movimento, mudar sua direção ou mudar de faixa (artigo 196).
Deixar de fazê-lo é uma infração grave com a penalidade de multa no valor de R$127,69 e cinco pontos na carteira. Também devemos lembrar que o uso da seta pode ser substituído por um gesto com o braço feito pela janela do veículo, se a sua antipatia com a luz indicadora for insuperável.
4. Rápido para cortar, devagar para andar
Este chato do trânsito está previsto no CTB de forma indireta. Ele é aquele energúmeno que demonstra uma destreza superior ao volante, com manobras rápidas, justas e oportunistas – na hora de fechar os outros. Depois que o infeliz já se enfiou na sua frente, ele se transforma em uma das lesmas.
Assim, ele é um híbrido entre os que andam devagar na esquerda e os que não dão seta. Por isso, ele deveria levar duas multas ao mesmo tempo. A de deixar de usar a luz indicadora de direção (artigo 196), e a de deixar de dar passagem pela esquerda (artigo 29). Além, claro, de ir para o inferno, como prescreve o CTB para quem não usa seta.
5. Taxista que faz fila em vaga de estacionamento
Os taxistas têm virado manchete nos últimos anos. Com a chegada do Uber e outros serviços de mobilidade, os táxis são cada vez menos utilizados, comprometendo o ganha-pão da categoria. O desafio que eles enfrentam deve ser reconhecido com todo o respeito devido a qualquer outra pessoa. Mas também não podemos esquecer que esse grupo nunca foi famoso pela cordialidade no trânsito.
Se antes os conhecíamos por parar em fila dupla sem necessidade, fechar os outros carros a torto e a direito e dar voltinha com turista para cobrar mais caro (o que ainda acontece, de vez em quando), eles agora dominaram uma nova forma de irritar a população.
Com poucas viagens nas mãos, os taxistas ficam muito tempo parados, extrapolando as vagas da cidade destinadas para seus carros. Então, eles passaram a usar as vagas de estacionamento para fazer as filas dos pontos. E os outros motoristas que se danem, afinal, para que alguém precisaria de uma vaga se não for taxista? Deve ser isso que eles pensam, quando se negam a sair da vaga para que um cidadão estacione o carro.
As leis que regem o trabalho dos taxistas são de competência dos municípios. Por isso, variam de acordo com a cidade. Há locais em que, inclusive, a prática abusiva pode não ser proibida. De maneira geral, o CTB prevê, no artigo 182, que é proibido parar o veículo em local e horário vetado pela sinalização. A infração é considerada média, com multa no valor de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira.
6. Buzinando no corredor de motos
Por falar em taxistas, os motociclistas são outro grupo polêmico no trânsito. Nós não vamos pregar o ódio a eles, jamais. Motociclistas são pessoas como todos nós, que na maioria das vezes estão trabalhando ou se deslocando para o trabalho, fazendo uso das vias de trânsito como é seu direito. O problema é que às vezes parece que estes condutores só conhecem os próprios direitos e nenhum dos outros.
Esse é um dos agravantes para sua circulação ao lado de carros na rua, onde tiram amplo proveito dos espaços entre as faixas de trânsito. Os corredores de motos – é bom esclarecer – não são proibidos, mas também não são regularizados. O resultado é que esses espaços se transformam em uma terra sem Deus, onde vale tudo e é cada um por si.
Um motorista de carro que quiser mudar de faixa deverá contar com as sortes do destino, ou talvez não consiga chegar em casa e tenha que seguir até a próxima cidade, preso pelo corredor de motos e incapacitado de fazer conversões.
Para piorar, os motociclistas passaram a adotar, há alguns anos, o hábito de buzinar enquanto estão passando pelos corredores. A cada dois carros, dão uma buzinadinha para avisar que estão passando – como se os motoristas enclausurados por eles não tivessem percebido. Com isso, a filinha de motos se transforma em uma sinfonia infernal que serve como trilha sonora perfeita para os desprazeres dos congestionamentos.
Mas, enquanto o CTB não consegue proibir nem legislar sobre os corredores de motos, ele determina, sim, que é proibido ficar buzinando como um maluco só para irritar os outros. O artigo 41 do código limita o uso da buzina aos casos de advertência para evitar acidentes e, fora das áreas urbanas, na hora de fazer ultrapassagens. A desobediência da norma é uma infração leve com multa de R$ 53,20 e três pontos na carteira.
7. O ladrão de vaga
Entre os motoristas mais chatos do trânsito, o ladrão de vaga deve ser o vencedor. Este odiado condutor se destaca pela habilidade de manter uma cara de paisagem. Sem ela, ele não seria capaz de fazer o que faz: roubar a vaga dos outros. Você deve conhecer a história. Você está lá, inocente em sua vida cotidiana, levando os filhos na escola ou indo à farmácia, para o carro um pouco à frente da vaga para fazer uma baliza, coloca a seta e… perde a vaga porque um infeliz chegou atrás de você e já se embicou lá para dentro.
Depois de estacionado, o vida boa faz cara de bobo para se proteger dos xingamentos em potencial, e finge que não viu o carro parado com a luz piscando na frente dele. Mas não há força no universo que o faça sair do espaço para deixar o motorista que chegou primeiro estacionar o carro.
Para o ladrão de vaga, não há infração prevista no CTB. Infelizmente, já que este é obviamente um crime gravíssimo que ameaça a ordem pública.
Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Abraços,
Re: Você é um dos mais chatos do trânsito?
Exatamente assim!!!!
Renan- Moderador
- Mensagens : 1202
Localização : RS
Re: Você é um dos mais chatos do trânsito?
Interessante a discussão, porém apenas são apontados os comportamentos indevidos, mas não como podemos contorná-los...
Seguem minhas sugestões para cada caso (geralmente é como eu faço):
1-Rodar na faixa da direita um pouco abaixo da velocidade máxima (eu ando a 75 km/h quando a velocidade máxima fica entre 80 e 100 km/h e a 55 km/h quando é 60 km/h), além de tornar mais calma a viagem, economiza combustível! Trilha sonora sugerida: Enya ou Tears For Fears!
2-Quando estiver em "modo pedestre", utilize as faixas de segurança e passarelas.
3-Desenvolva ou aprimore o "sexto sentido": quem ai dobrar para fazer uma esquina por exemplo, certamente reduzirá a velocidade pisando no freio, então em caso de frenagem, conversão à vista. Além disso, deixe sempre ligada sua visão periférica. Quem anda de bike e moto no trânsito, pratica muito isso, ou não sobrevive...
4-Andando devagar na pista da direita, esse comportamento pode ser evitado. O habilidoso te passará e não suportará ficar muito tempo na sua frente, pois ele não controla sua ansiedade...
5-Taxista: mantenha distância deles!
6-Quando rodo de moto, evito ao máximo buzinar e utilizo o corredor somente em caso de congestionamento (pra mim acontece geralmente em São Leopoldo da metade pro final da tarde, durante a semana). Em 18 mil km, buzinei 2 vezes, e foi para evitar que os motoristas desatentos cortassem a minha frente.
7-Estacione nas vagas que ninguém quer: aquelas beeeem distantes dos outros. E, se possível, evite os horários de pico, pois têm menos demanda!
Falow,
Fabrício
Seguem minhas sugestões para cada caso (geralmente é como eu faço):
1-Rodar na faixa da direita um pouco abaixo da velocidade máxima (eu ando a 75 km/h quando a velocidade máxima fica entre 80 e 100 km/h e a 55 km/h quando é 60 km/h), além de tornar mais calma a viagem, economiza combustível! Trilha sonora sugerida: Enya ou Tears For Fears!
2-Quando estiver em "modo pedestre", utilize as faixas de segurança e passarelas.
3-Desenvolva ou aprimore o "sexto sentido": quem ai dobrar para fazer uma esquina por exemplo, certamente reduzirá a velocidade pisando no freio, então em caso de frenagem, conversão à vista. Além disso, deixe sempre ligada sua visão periférica. Quem anda de bike e moto no trânsito, pratica muito isso, ou não sobrevive...
4-Andando devagar na pista da direita, esse comportamento pode ser evitado. O habilidoso te passará e não suportará ficar muito tempo na sua frente, pois ele não controla sua ansiedade...
5-Taxista: mantenha distância deles!
6-Quando rodo de moto, evito ao máximo buzinar e utilizo o corredor somente em caso de congestionamento (pra mim acontece geralmente em São Leopoldo da metade pro final da tarde, durante a semana). Em 18 mil km, buzinei 2 vezes, e foi para evitar que os motoristas desatentos cortassem a minha frente.
7-Estacione nas vagas que ninguém quer: aquelas beeeem distantes dos outros. E, se possível, evite os horários de pico, pois têm menos demanda!
Falow,
Fabrício
FCelso- Membro Sênior
- Mensagens : 1025
Localização : Porto Alegre RS
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